Psicanálise e Autismo

Coordenador: Alex Barreiro

O crescente número de diagnósticos de TEA (Transtorno do Espectro Autista) vem chamando a atenção nas últimas décadas no Brasil e no mundo, chegando alguns autores a utilizar a expressão “epidemia de diagnósticos”. Mas, o que tem provocado esse significativo aumento? Como os pais e as escolas têm lidado com essa nova conjuntura? A psicanálise não se esquiva desse debate, problematizando como o DSM e certos posicionamentos profissionais têm corroborado para esse fenômeno crescente de laudos. Nesse sentido, a leitura psicanalítica do autismo passa pelo entendimento do sujeito no campo da linguagem e por sua constituição subjetiva, sem perder de vista a dimensão do corpo. Desta forma, esta linha de pesquisa se propõe trabalhar com as produções teóricas e conceituais do autismo. No aspecto histórico, estuda-se: (1) as mudanças classificatórias ocorridas nos DSM´s no proceder dos séculos XX e XXI; (2) a história e o trabalho realizado por instituições fundamentadas na teoria psicanalítica junto as crianças psicóticas e com fechamento autístico; (3) pesquisas que visam estudos das autobiografias de autistas adultos, a partir de suas narrativas e memórias. Na dimensão clínica, contempla-se: (4) a relação transferencial e a formação da denominada “borda autística”, bem como sua importância no desenvolvimento e direção do tratamento; (5) a de familiares das crianças em risco de fechamento autístico ou recém-diagnosticadas; (6) a relação entre as crianças em risco de fechamento e o ambiente escolar.

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